Recentemente o Facebook protagonizou um escândalo sobre compartilhamento indevido de dados de usuários de um quizz com a empresa de consultoria Cambridge Analytica. A vulnerabilidade em que nossas informações se encontram nas mídias sociais me traz o questionamento de até que ponto estamos protegidos quando conectados.
Quando publicamos algo, fazemos check-in em determinado local, quando interagimos com nossos amigos e quando aceitamos os termos de uso do que clicamos na internet, confiamos que aquilo ficará em modo privado e que nada irá acontecer. O que atualmente vemos e que se revela é que esses dados podem ser expostos com mais facilidade do que pensamos.
Somos vigiados o tempo inteiro e há anos Foucault já nos alertava sobre isso. Essa vigilância intensa e de 24 horas por dia nos controla, viabiliza a produção do saber e torna possível nos conhecer, uma vez que o saber produzido reforça as possibilidades de exercer poder sobre nós. As marcas, por exemplo, muito se interessam em conhecer o seu público-alvo, e a ter essa proximidade, estando tão conectadas nas mídias como nós.
É importante sempre manter cautela no conteúdo que vamos expor na internet, uma vez que, após postado, aquilo se eterniza e não temos controle do que isso pode ter. Afinal, a sociedade da vigilância faz parte do nosso cotidiano e, ativamente, somos parte de sua engrenagem.